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Contratação PJ: o que é? Diferenças com CLT

Contratação PJ: o que é? Diferenças com CLT
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Você está pensando em contratar profissionais autônomos para sua empresa? 

A contratação PJ, ou seja, a contratação de uma pessoa jurídica, é uma prática comum no mercado brasileiro. No entanto, é fundamental entender as diferenças entre essa modalidade e o regime CLT para evitar problemas trabalhistas. 

Neste artigo, vamos te guiar pelas principais características da contratação PJ, destacando os cuidados necessários para que sua empresa esteja em conformidade com a legislação trabalhista. 

Afinal, a escolha do regime de contratação impacta diretamente na gestão de pessoas e nos custos da sua empresa.

O que é a contratação PJ?

A contratação PJ – ou pessoa jurídica – é uma modalidade de contratação que estabelece uma relação comercial entre duas empresas. Uma delas, a contratante, busca um serviço específico, enquanto a outra, a contratada (o profissional PJ), se compromete a prestá-lo.

Todo trabalhador PJ possui um CNPJ ativo (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – e ter acesso a um é relativamente simples. 

Qual a diferença entre PJ e CLT?

A principal distinção está na natureza do vínculo estabelecido. No regime CLT, existe um vínculo empregatício, com direitos e deveres trabalhistas definidos em lei. Já na contratação PJ, a relação é civil, caracterizada por um contrato de prestação de serviços.

Por que fazer uma contratação PJ?

Flexibilidade: permite maior flexibilidade tanto para a empresa quanto para o profissional, com menos burocracia e mais autonomia.

Especialização: permite contratar profissionais com expertise em áreas específicas, sem a necessidade de um vínculo empregatício mais formal.

Custos: em alguns casos, pode ser mais vantajoso financeiramente para a empresa, pois não há encargos trabalhistas e a contratação pode ser feita temporariamente ou para um projeto específico.

Contratação PJ ou CLT: quais as diferenças na contratação?

Ao comparar a contratação PJ com a CLT, as diferenças se tornam evidentes. Enquanto o regime CLT estabelece um vínculo empregatício formal, com direitos trabalhistas garantidos por lei, a contratação PJ configura uma relação civil entre duas empresas.

Veremos agora as principais diferenças entre os dois regimes de trabalho, para tirar todas as suas possíveis dúvidas.

Pessoa Jurídica (PJ): aspectos gerais

Quando falamos em PJ, estamos nos referindo à contratação de uma empresa: quais as principais diferenças para o regime CLT?

  • Autonomia: Diferentemente do funcionário CLT, que segue regras rígidas de jornada de trabalho e horários, o profissional PJ tem mais liberdade para organizar sua rotina de trabalho.
  • Responsabilidades: Como empresário, o PJ é responsável por emitir notas fiscais, controlar e pagar os próprios impostos devidos.
  • Direitos trabalhistas: O profissional PJ não tem direito aos mesmos benefícios que um funcionário CLT, como férias remuneradas, 13º salário e FGTS.
  • Múltiplos clientes: Um PJ pode prestar serviços para diversas empresas ao mesmo tempo, diversificando suas fontes de renda. Já o funcionário CLT não pode fazer isso.

 

Como funcionam os impostos?

O valor dos impostos a serem pagos por um PJ depende do regime tributário escolhido, que pode variar conforme o faturamento e a natureza da atividade. 

Por que escolher ser PJ?

Trabalhar sob este regime te permite ajustar sua carga horária e escolher os projetos que mais te interessam. Além disso, tecnicamente você é o seu próprio chefe e o responsável por tomar as decisões da sua carreira.

Você pode ampliar suas oportunidades de crescimento, trabalhando com diferentes empresas e clientes. Há mais opções de escolha, caso seu perfil se adeque a este tipo de trabalho.

E para as empresas?

Contratar um PJ oferece maior flexibilidade, pois a empresa pode contratar profissionais especializados para projetos específicos, sem a necessidade de um vínculo empregatício formal.

CLT: o trabalho formal

O regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) define as regras para os contratos de trabalho no Brasil. Ao ser contratado sob o regime CLT, o profissional tem garantidos diversos direitos trabalhistas, como:

  • Carteira assinada: Um documento oficial que comprova o vínculo empregatício e garante direitos como férias, 13º salário e FGTS.
  • Benefícios: Além do salário, o funcionário CLT tem direito a benefícios como vale-transporte, assistência médica e seguro-desemprego em caso de demissão.
  • Proteção: A CLT oferece proteção ao trabalhador em diversas situações, como gravidez, acidente de trabalho e doenças.

 

Quais as principais diferenças para o regime PJ?

  • Estabilidade: O contrato CLT oferece maior estabilidade, com direitos e garantias previstos em lei.
  • Única fonte de renda: O funcionário CLT geralmente tem apenas uma fonte de renda, proveniente do empregador.
  • Menor autonomia: A jornada de trabalho e as atividades são definidas pelo empregador.
  • Impostos retidos na fonte: neste caso, ele paga diferentes tipos de impostos, mas é a empresa a responsável por pagá-los, descontando diretamente da folha de pagamento.

Quando escolher o regime CLT?

O regime CLT é ideal para quem busca estabilidade, benefícios e proteção. É uma ótima opção para quem valoriza a segurança e a previsibilidade em sua carreira.

Leia também: rescisão contratual no Brasil

 

O PJ tem algum direito trabalhista?

Em geral, um profissional PJ não possui os mesmos direitos trabalhistas que um funcionário registrado sob o regime CLT. Isso porque a relação entre uma empresa e um PJ é considerada uma relação comercial, e não um vínculo empregatício.

Por que essa diferença?

O PJ é uma empresa, e a relação com a empresa contratante é estabelecida por meio de um contrato de prestação de serviços.

 

O profissional tem autonomia para definir sua jornada de trabalho, escolher seus clientes e gerir seus negócios. Além disso, ele é o responsável por emitir notas fiscais, pagar impostos, e contribuir para a previdência social.

 

Ainda assim, podemos dizer que há alguns direitos estabelecidos para o profissional PJ:

  1. Direito ao recebimento dos serviços prestados: O PJ tem direito a receber pelos serviços prestados, conforme acordado em contrato.
  2. Direito à proteção contra práticas abusivas: O PJ é protegido contra práticas abusivas por parte da empresa contratante, como a imposição de condições de trabalho desumanas ou degradantes.

Quando a relação PJ pode se tornar trabalhista?

É importante ressaltar que, em algumas situações, a relação entre uma empresa e um PJ pode ser caracterizada como vínculo empregatício pela Justiça do Trabalho. Isso ocorre quando há indícios de subordinação, pessoalidade e habitualidade na prestação de serviços.

Quais os riscos de caracterização de vínculo empregatício?

  • Responsabilização da empresa: A empresa pode ser responsabilizada por todos os direitos trabalhistas não pagos ao PJ, como férias, 13º salário, FGTS, além de multas e indenizações.
  • Enquadramento como empregado: O PJ pode ser enquadrado como empregado e ter direito a todos os benefícios da CLT.

Por que a contratação PJ gera tantas dúvidas?

A principal razão é a tênue linha que separa uma relação de trabalho legítima de uma situação de “irregularidade na contratação”. Essa irregularidade ocorre quando uma empresa tenta dissimular um vínculo empregatício, utilizando a figura do PJ para se eximir de obrigações trabalhistas.

Tendo isto em mente, é comum surgirem algumas dúvidas:

  1. Se estou contratando uma pessoa para a minha empresa, posso considerá-lo meu funcionário, mesmo que ela tenha CNPJ? Nem sempre. A caracterização do vínculo empregatício depende de diversos fatores, como a subordinação, a pessoalidade e a habitualidade da prestação de serviços. É fundamental analisar cada caso individualmente.
  2. Ao ser contratado com PJ, tenho que cumprir as mesmas regras seguidas pelos funcionários CLT? Não. Um profissional PJ tem mais autonomia e flexibilidade, mas também não possui os mesmos direitos trabalhistas de um empregado CLT, como férias, 13º salário e FGTS.

Leia também: Quais são os impostos sobre a folha de pagamento no Brasil?

Um PJ pode trabalhar até quantas horas?

A grande vantagem do regime PJ é a flexibilidade na jornada de trabalho. Diferentemente do regime CLT, onde a jornada de trabalho é regulamentada por lei, o profissional PJ tem autonomia para definir seus próprios horários.

Isso significa que não há um limite de horas e um PJ pode trabalhar dentro da carga horária que desejar/precisar.

A jornada costuma ser definida por projeto ou por entrega e não necessariamente por um horário fixo.

A negociação de cada caso costuma ser individual: a carga horária e a forma de pagamento são definidas diretamente entre o PJ e o cliente, podendo variar de acordo com o projeto.

Vantagens e desvantagens de ser PJ

Ser Pessoa Jurídica (PJ) oferece uma série de vantagens, mas também apresenta alguns desafios. Vamos analisar cada um deles:

Vantagens de ser PJ:

Flexibilidade: A maior vantagem é a liberdade para definir sua própria jornada de trabalho, escolher os projetos que te interessam e gerenciar sua carreira.

Autonomia: Você é o seu próprio chefe, tomando decisões sobre seus negócios e como irá trabalhar.

Potencial de ganhos: Seus ganhos podem ser maiores, pois você não tem os mesmos descontos que um funcionário CLT.

Diversidade de clientes: A possibilidade de trabalhar com diferentes empresas amplia suas oportunidades de crescimento e aprendizado.

Dedução de custos: Você pode deduzir diversos custos do seu imposto de renda, como gastos com escritório, equipamentos e viagens a trabalho.

Desvantagens de ser PJ:

Incerteza: A renda pode variar de mês para mês, dependendo da quantidade de trabalho disponível.

Responsabilidades: Você é responsável por todos os aspectos do seu negócio, incluindo impostos, contabilidade e questões legais.

Falta de benefícios: Não há direito a férias remuneradas, 13º salário, FGTS e outros benefícios trabalhistas.

Isolamento: Trabalhar sozinho pode ser desafiador para algumas pessoas.

Risco de não pagamento: Existe o risco de não receber pelos serviços prestados, caso o cliente não honre seus compromissos.

Encargos sociais: Você precisa arcar com os encargos sociais, como contribuição para a previdência social e INSS.

Para quem o regime PJ é indicado?

Profissionais autônomos: Designers, programadores, consultores e outros profissionais que já atuam por conta própria.

Quem busca flexibilidade: Pessoas que valorizam a autonomia e a liberdade para organizar sua rotina de trabalho.

Para quem o regime CLT pode ser mais indicado?

Quem busca estabilidade: O regime CLT oferece maior segurança, com direitos trabalhistas garantidos por lei.

Quem precisa de benefícios: Férias, 13º salário e FGTS são importantes para alguns perfis de profissionais.

Profissionais que preferem uma rotina mais estruturada: O horário de trabalho e as atividades são definidos pelo empregador e costumam já seguir um padrão.

Leia também: Rescisão contratual no Brasil

Qual o enquadramento fiscal do PJ?

A escolha do regime tributário adequado impactará diretamente nos seus custos e na gestão financeira do seu negócio.

 Os principais regimes tributários para PJs são:

 Microempreendedor Individual (MEI): Indicado para empresas de pequeno porte com faturamento anual de até R$ 220.000,00. Oferece uma tributação simplificada e com valores fixos.

 Simples Nacional: Ideal para empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões (valores podem variar). Permite a unificação de diversos impostos em um único pagamento.

 

Fatores a considerar na escolha do regime tributário:

  • Faturamento: O valor do seu faturamento anual será o principal fator para determinar qual regime você pode adotar.
  • Tipo de atividade: Algumas atividades são permitidas apenas em determinados regimes.
  • Custos: Analise os custos de cada regime, incluindo impostos, taxas e honorários contábeis – o MEI não precisa arcar com honorários, mas o Simples Nacional precisa.
  • Complexidade: Avalie o nível de complexidade de cada regime e escolha aquele que você se sente mais confortável em gerenciar.

Como fazer uma contratação PJ ou CLT confiável?

A escolha do regime tributário ideal depende das características do seu negócio. Recomenda-se consultar um contador ou expert em RH para analisar a sua situação específica e indicar o melhor caminho para você.

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